
Li, no dia em que se assinalou o 5.º aniversário da sua partida, um artigo que muito me emocionou e que não poderia deixar de incluir neste blogue, pena é que o tempo tanto corra e que não tenha sido possível fazê-lo no dia 2 de Julho! É de Maria José Nogueira Pinto, foi publicado no DN e começa assim:
Quando aparecia, trazia sempre um livro. Eu era criança mas recordo-a, nítida e precisa, por causa dos livros. Eram escritos por ela e isso, só por si, tornava-a distinta de todas as outras pessoas. Um dia deu-me A Fada Oriana e na primeira página, a mais branca e despojada, escreveu o meu nome e assinou o seu, numa caligrafia aérea.
Passaram já cinco anos sobre a morte de Sophia de Mello Breyner Andersen e este meu escrito mais não é que uma breve evocação, atar as pontas soltas da memória, desembaciar o tempo, lembrar através dela, ainda e também, a pesada contabilidade de outros mortos, de um tempo mais longínquo, em que a sua pressentida escrita depurada e a sua geografia poética ainda a não tinham transformado num bem comum e universal.
Passaram já cinco anos sobre a morte de Sophia de Mello Breyner Andersen e este meu escrito mais não é que uma breve evocação, atar as pontas soltas da memória, desembaciar o tempo, lembrar através dela, ainda e também, a pesada contabilidade de outros mortos, de um tempo mais longínquo, em que a sua pressentida escrita depurada e a sua geografia poética ainda a não tinham transformado num bem comum e universal.
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O DN tem uma secção muito interessante dedicada a Sophia. Ver aqui.