Pequenos ...Grandes Escritores!

O menino que adorava ler



Havia na ilha de Bora-Bora, um rapaz chamado Bernardino. Esse rapaz era muito estudioso, sabia tudo o que no Mundo se podia saber! Isto porque… ele adorava ler!
Bernardino passava a vida a ler. Lia à frente, lia atrás, lia ao almoço, lia ao jantar, lia ao lanche, lia ao pequeno-almoço, estava sempre a ler, não tinha tempo para mais nada!
Certa vez, Bernardino não conseguiu ler: não leu à frente, não leu atrás, não leu ao almoço, não leu ao jantar, nem leu ao pequeno-almoço! Alguma coisa de errado se estava a passar!
Os pais de Bernardino, já preocupados, resolveram ir ao médico, porque não achavam natural o filho ter parado de ler assim do nada!
Foram a muitos Médicos, cada um com a sua resposta: um dizia que ele precisava de começar a brincar mais com bonecas; outro dizia que o problema era dos pais, mas só o Dr. Bigodinhos acertou. O problema era... Bernardino já ter lido todos os livros do Mercado, de todas as lojas das redondezas e longínquas!
A solução foi Bernardino, a partir daquele montão de informação que já tinha aprendido com os livros que tinha lido, começar ele a escrever os seus próprios livros!
Teve tantos, tantos, mas tantos êxitos, tais como: “O Menino Estudioso”, “O Menino que não Sabia Ler”, “O Menino que gostava de livros”…
Acabou por ficar um rapaz muito famoso, agradecendo para toda a vida ao Dr. Bigodinhos.



Joana Santos – 5º A – nº 11


À busca do tesouro



Em tempos que já lá vão, existiam dois meninos muito traquinas. Um deles – o menino – era magro e de cabelo curto, e geralmente usava t-shirts e sapatilhas. A menina era ‘bem constituída’, um pouco gorda, e usava sempre – mas mesmo sempre – saias. Os dois eram gozados pelos colegas, pois estes tinham perdido os pais num terrível acidente de automóvel.
Alberto e Maria estavam fartos de ser menosprezados pelos colegas de turma e decidiram, um dia, que iriam sair daquela terra e voar para Istambul – a terra referida na lenda de Alcarelão. A lenda contava que, em 1246, um rapaz e a sua irmã viajaram num balão de ar quente para Istambul, e numa gruta encontraram um tesouro – brilhante e dourado – mas deixaram-no lá, pois era onde pertencia.
Sempre que ouviam esta lenda, Alberto e Maria ficavam surpreendidos. «Por que raios eles não levaram o tesouro?», exclamavam. E para que é que Alberto e Maria queriam procurar o tesouro? Porque pensavam que se fossem ricos, os colegas iriam respeitá-los.
Um dia, acordaram e foram à varanda de sua casa. Os pais adotivos deles ainda estavam a dormir. Espreitaram, e estava um camião parado com um anúncio escrito em letras garrafais: «Balões de Ar Quente do Raúl». E em pequenino: «30 euros por cada metro voado». Mas é claro que os dois irmãos não repararam no subtítulo, e foram, ainda de pijama e chinelos, para fora de casa, sem barulho nenhum. Podíamos dizer que se ouviam as moscas.
Os dois foram a correr para o camião.
- Sejam bem-vindos aos Balões de Ar Quente do Raúl. Para onde querem viajar? – Raúl falava como uma telefonista.
- Queremos ir para Istambul, meu caro vendedor. – pediu Maria.
- Alerto para o facto provável de…
- Pára de falar assim, fala como uma pessoa normal, pelo amor de…
- OK, meninos. Só vos estou a dizer que vai demorar muito tempo!
- O tempo que for preciso – Maria respondeu.
E os três partiram para Istambul. Raúl ficou pasmado quando viu que a cada 5 minutos havia uma portagem e o dono do balão tinha que entregar 5€ de cada vez.
Finalmente, chegaram a Istambul. Raúl apressou-se a pedir o dinheiro:
- São 10 000 euros, por favor.
- Aqui est… - Alberto procurou as notas no seu casaco, mas apenas encontrou um rebuçado velho. - E que tal um rebuçadinho estaladiço e saboroso para pagar? Aposto que está com fome depois desta longa viagem, não é?
E bastaram aquelas palavras para Raúl os mandar para o deserto e partir sem eles.
- Ó seu imbecil ingrato! Não nos deixou no lugar que queríamos. Burro…
E os dois foram a caminhar pelo deserto, com pedras e areia nos sapatos, e à procura de água. Mas eles eram resistentes, embora por pouco não tivessem morrido de desidratação.
Chegaram às grutas. Entraram na do meio, que brilhava intensamente.
E lá estava o tesouro. Eram pérolas, eram moedas de ouro, eram coroas. Mas havia um pequeno problema: o tesouro estava protegido por uma cobra. Com pedras, conseguiram matar a cobra, e levaram o tesouro.
Chegaram à sua terra após dois meses. Abriram o baú do tesouro e foram logo comprar roupas e acessórios caros. Foram para a escola, mas… continuaram a ser gozados pelos colegas.
Moral: Acessórios e dinheiro não te vão enriquecer por dentro.



Pedro João Santos – nº20 – 5º A